Pelo arrabalde do Bom Sucesso nos anos 30…

«Tomei um carro eléctrico até Belém, mudei para outro até Algés, que estava parado a fazer horas, com duas ou três pessoas dentro, e o guarda-freio e o condutor [o pica-bilhetes] no banco da frente, a conversar e a fumar. A massa branca do Mosteiro dos Jerónimos fez-me pensar que eu nunca vira por dentro a Torre de Belém, apenas entrevista por trás de montes de carvão e misturada com gasómetros, quando se passava no comboio do Estoril. Eu nem sabia como se chegava lá, aonde se descia do eléctrico. Fui perguntar ao condutor. Ele e o guarda-freio discutiram o caso. Nenhum deles tinha a certeza, mas concordaram que o caminho para lá devia ser o mesmo que para o forte [do Bom Sucesso]. O melhor era eu descer no Largo da Princesa […] Voltei a sentar-me.»

Texto de Jorge de Sena. Tudo no blog Bic Laranja

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